Cristãos Perseguidos
Perseguição Religiosa
JOVEM CRISTÃ TENTA REFAZER SUA VIDA APÓS CATIVEIRO

Mado é uma jovem cristã de 20 anos, que vive por lá, e tem muitas histórias para contar. Ela diz que seus sonhos foram transformados em pesadelos. "Tudo começou num domingo de fevereiro, em 2013. Eu estava grávida, e esperava pelo meu marido, meu filho mais velho e meu cunhado, que tinham ido a uma fazenda próxima, buscar alguns produtos. O meu filho mais novo estava na casa de familiares. Quando eles estavam chegando, alguns homens ofereceram ajuda para carregar as sacolas e como estavam desarmados eles não desconfiaram de nada. Mas havia outros escondidos no mato e eles pertenciam à militância islâmica da ADF. Eles levaram todos nós por um caminho na selva. Mataram meu cunhado na nossa frente, eu chorei muito naquela hora, e eles ficaram com raiva e me bateram no rosto com um facão e vendaram meus olhos", lembra a cristã.
"Eles machucaram todos nós e fizeram muitas ameaças. Meu marido foi o segundo a morrer. Quando chegamos ao esconderijo, que ficava numa aldeia, havia muitos cristãos, homens, mulheres e crianças. Muitas pessoas estavam amarradas em árvores. Eu fui colocada com outras 11 pessoas num buraco com cerca de 4 metros de profundidade, foi horrível. Não havia como fugir. Ficamos nesse poço durante 4 meses. Quando fomos tirados, nos levaram como escravos, construímos casas e trabalhávamos numa plantação de arroz. Dois meses depois meu bebê nasceu, mas viveu por apenas alguns meses devido as péssimas condições. Por medo, fazíamos tudo o que eles mandavam e fomos orientamos a seguir o islã, caso contrário morreríamos. Fui dada como esposa a um muçulmano idoso", diz Mado que teme falar sobre essas amargas experiências, mas que reconheceu a mão de Deus a protegendo. "Apesar de tudo, eu não engravidei e não dei filhos a estes homens".
"Havia uma senhora cristã no acampamento que sempre encorajava a todos a manter a fé em Cristo. E suportamos essa vida que durou 1 ano e meio até irmos para Medina, onde tive a chance de escapar. Passei oito dias sem comer e os militantes nos autorizaram a ir para a floresta procurar cogumelos. Quando ouvimos os tiros das tropas do governo, aproveitamos a oportunidade e corremos. Meu filho e eu fomos para a direção de um rio e alguns soldados nos ajudaram. Eles nos levaram para Beni e então reencontrei minha família. Luto muito para me livrar dos traumas, sinto falta do meu marido e do meu cunhado. As pessoas daqui não ajudam em nada, elas questionam por que não salvamos os outros, outros dizem que nos deixaram escapar porque temos ligação com a ADF. Não é fácil conviver com essas falsas acusações, mas eu oro por essas pessoas e faço o meu melhor para seguir em frente com meus filhos. Tenho esperança de um futuro melhor", conclui Mado.
*Nome alterado por motivos de segurança.
Pedidos de oração
Mesmo que a igreja da República do Congo seja descrita como forte espiritualmente, ela tem enfrentado enormes desafios com a violência dos grupos extremistas islâmicos. Ore por esses cristãos, para que tenham coragem de seguir em frente com sua fé.
Muitas mulheres, como Mado, lutam para lidar com o preconceito e os traumas causados durante o tempo em que estiveram em cativeiro. Muitas coisas terríveis aconteceram com elas. Ore para que o Senhor as restaure por completo.
Em 2016, a Portas Abertas preparou cursos de preparação para líderes dessa região, para que vivam sob a perspectiva bíblica da perseguição, além de outros tipos de auxílio. Ore para que nossas equipes sejam capazes de equipar as igrejas do país nesse momento complicado que vivem.
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