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O pastor e a gestão dos recursos financeiros
O PASTOR E A GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
O homem pode fazer uma boa administração do seu sacerdócio, como Samuel, ou administrar de forma ruim, como Eli e seus filhos. A unção de Deus não torna o sacerdote inerrante. A Bíblia aponta homens de Deus, ungidos, que fizeram escolhas erradas. A Bíblia ensina que cada um tem uma vocação. Um pregador não é, necessariamente, um bom administrador.
A Bíblia mostra que José fora desprezado por seus irmãos, mas Faraó soube reconhecer a sua sabedoria. Por vezes, empresas reconhecem bons atributos em pessoas que sequer são percebidos em suas igrejas. Se forem chamadas a opinar, certamente trariam grandes contribuições à administração eclesiástica, como fazem para a administração de suas empresas. O administrador eclesiástico deve fazer uma gestão competente e, para tal, deve ser assessorado por pessoas com conhecimento no assunto.
A centralização e a falta de transparência na administração financeira das igrejas não são atitudes éticas e podem ser foco de suspeitas. A decisão de emprego dos recursos deve ser deliberativa, com propostas vindas da direção ou do grupo, pois dará maior legitimidade às decisões. O conhecimento do destino dos recursos ofertados será aspecto motivador à contribuição, se estes forem bem empregados.
Se o grupo é constituído por pessoas que prezam os mesmos princípios e buscam o melhor resultado, não faltarão boas ideias para o emprego dos recursos. Admitir que a maioria do grupo não fará a melhor deliberação é admitir que, em sua maioria, o grupo não é de qualidade ou confiável.
A fé que motiva os fiéis a entregar os recursos não retira do administrador eclesiástico o dever de bem administrar e prestar contas. A transparência na gestão dos recursos dará aos membros condições de avaliar a qualidade do administrador. Não é possível a igreja avaliar a habilidade de seus gestores se não lhe for dada informações suficientes.
O obreiro digno do seu salário não deve administrar sozinho os recursos de onde sai o seu sustento. Deve haver uma tesouraria e um conselho fiscal competente, independente, discreto, leal e sério. Deste modo, o pastor estará fugindo da aparência do mal. Ademais, Deus conhece o profundo dos corações, mas os seres humanos desconhecem. Santidade e transparência com os recursos da igreja devem ser marcas dos sacerdotes que são também administradores.
Fonte: Adaptado do Artigo de Rubens Teixeira
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